Para a montagem de um Home Theater em primeiro lugar você precisa ter uma TV adequada. O ideal são aparelhos acima de 29 polegadas, seja em telas de LED ou LCD. Quanto melhores forem as suas condições para adquirir uma tela maior, melhor será também a qualidade da sua diversão. A regra aqui também é usar do bom senso. Se o seu ambiente é pequeno, de nada vai adiantar um TV imensa, de 50 polegadas por exemplo. Quanto mais próximo da tela você ficar, mais irá perceber as linhas de resolução. Além de estragar sua diversão, tamanha intensidade de luminosidade pode prejudicar sua visão.
A maior diferença entre assistir à TV com ou sem um home theater fica por conta do som. Esse sistema adotado é chamado de surround sound. Ele funciona da seguinte forma. Quando o som de um filme é gravado ou mixado essa edição é feita em vários canais. Se você tem uma cena em que há um diálogo dentro de um carro no trânsito, por exemplo, o som de cada um dos interlocutores é gravado em um canal. Os sons do trânsito e do ambiente são gravados em um canal diferente. Dessa forma é possível ressaltar ou encobrir a voz de um personagem ou um determinado som.
Essa diferença de canais é perceptível no cinema graças ao conjunto de alto falantes, posicionados estrategicamente no ambiente, para que o espectador perceba cada som de maneira diferente. Num sistema ideal são dois ou três alto-falantes frontais e mais dois ou três alto-falantes posicionados atrás de você. A ideia é que o som venha de todos os lados e atinja a totalidade do ambiente.
A função de dividir os sons é do receptor de áudio e vídeo. É este o aparelho que funciona como uma verdadeira central do home theater, distribuindo os sons entre os alto-falantes. O processo é simples. Os sinais emitidos pelo aparelho de DVD vão diretamente para o receptor que os interpreta e decodifica, ampliando o sinal e enviando para os alto-falantes.
A distribuição do som, em geral, tem o seguinte princípio: os alto-falantes frontais são responsáveis por emitir os sons mais importantes. Se a ação (ou o som) estiver acontecendo do lado direito, a onda sonora será emitida pelo alto-falante do lado direito. O mesmo vale para o lado esquerdo. No entanto, se você ouvisse os sons apenas desta forma se sentiria desconfortável. Para isso um terceiro alto-falante, posicionado no centro, reproduz os mesmos sons dos lados direito e esquerdo.
Já os dois alto-falantes, posicionados atrás de você, são os responsáveis pela emissão dos sons de fundo (a sirene de um carro de polícia ou sons distantes de uma multidão, por exemplo). Graças a eles é possível perceber outro efeito bacana: o som em movimento. Imagine um carro passando. Se a ideia da cena for fazer esse efeito, o som provavelmente surgirá nos alto falantes frontais e gradativamente irá diminuindo, enquanto aumenta nas caixas de som traseiras, dando a impressão que acabou de passar por você.
Duas empresas se destacaram na produção desses padrões de áudio: DTS e Dolby. A DTS (Digital Theater System) teve como um dos principais investidores o diretor Steven Spielberg. O sistema começou a ser desenvolvido na década de 90 e foi utilizado pela primeira vez nos cinemas no filme Jurassic Park, em 1993. A versão mais comum desse formato é o DTS 5.1 (5 canais primários e um canal de graves). O DTS 5.1 pode suportar até 7 canais de áudio.
O outro padrão da indústria audiovisual é o Dolby. O sistema é bastante similar ao DTS, mas foi pioneiro ao ser utilizado pela primeira vez no filme Batman Returns, em 1992. Seus formatos mais conhecidos são o Dolby Digital 5.1 (ou AC-3); o Dolby Digital EX (6.1), que cria um sexto canal traseiro central, composto pelo som dos dois canais traseiros; e o Dolby 7.1 (ou THX EX), que é capaz de reproduzir sons em até oito canais. Embora proporcione um realismo sonoro ainda maior, por enquanto existem pouquíssimos títulos, em DVD ou Blu-ray, disponíveis nesse formato.
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