segunda-feira, 13 de março de 2023

Aula 06 - Eletrodutos e quadros de distribuição em instalações prediais

Os Eletrodutos tem como função de ser o percurso pelo qual os fios e cabos serão instalados para interligarem os componentes elétricos da instalação. Sua função principal é proteger os condutores elétricos contra certas influências externas (ex. choques mecânicos, agentes químicos, etc.) podendo também proteger o meio ambiente contra perigos de incêndio e de explosão. 
Os eletrodutos, que, em função do material usado podem ser metálicos ou isolantes classificam-se, segundo a IEC, em rígidos, curváveis, transversalmente elásticos e flexíveis. 
Os conduítes e eletrodutos são encontrados em duas versões respectivamente: rígidos ou flexíveis, metálicos ou plásticos. Os rígidos são mais indicados para lajes e superfícies concretadas. Na maior parte das instalações os mais usados são os flexíveis, justamente por serem de mais fácil instalação; porém, deve-se evitar executar curvas com ângulos muito fechados pois podem impedir a passagem dos fios ou cabos. 
O PVC é usado na fabricação de eletrodutos flexíveis e rígidos. Possui propriedades de isolação térmica, elétrica e à umidade, além de ser um material antichama quando formulado adequadamente. 
1. Nos eletrodutos só devem ser instalados condutores isolados, cabos unipolares ou cabos multipolares, admitindo-se a utilização de condutor nu em eletroduto isolante exclusivo, quando tal condutor destinar-se a aterramento. Um cuidado importante que se deve tomar é não carregar demais a quantidade de fios e cabos dentro de um conduíte ou eletroduto. 
2. As dimensões internas dos eletrodutos e respectivos acessórios de ligação devem permitir instalar e retirar facilmente os condutores ou cabos após a instalação dos eletrodutos e acessórios. Para isso, é necessário que: a taxa máxima de ocupação em relação à área da seção transversal dos eletrodutos não seja superior a 40% no caso de três condutores ou cabos e que não haja trechos contínuos (sem interposição de caixas ou equipamentos) retilíneos de tubulação maiores que 15 m, sendo que, nos trechos com curvas, essa distância deve ser reduzida de 3 m para cada curva de 90º. 
3. Em cada trecho de tubulação, entre duas caixas, entre extremidades, ou extremidade e caixa, podem ser previstas no máximo três curvas de 90º ou seu equivalente até no máximo 270º. Em nenhuma hipótese devem ser previstas curvas com deflexão superior a 90º. 
4. As curvas feitas diretamente nos eletrodutos não devem reduzir efetivamente seu diâmetro interno. 
5. Devem ser empregadas caixas de derivação: em todos os pontos de entrada ou saída dos condutores da tubulação, exceto nos pontos de transição ou passagem de linhas abertas para linhas em eletrodutos, os quais, nestes casos, devem ser rematados com buchas; em todos os pontos de emenda ou derivação de condutores; para dividir a tubulação em trechos não maiores do que o especificado em 2.b. 
6. As caixas devem ser colocadas em lugares facilmente acessíveis e ser providas de tampas. As caixas que contiverem interruptores, tomadas de corrente e congêneres devem ser fechadas pelos espelhos que completam a instalação desses dispositivos. As caixas de saída para alimentação de equipamentos podem ser fechadas pelas placas destinadas à fixação desses equipamentos. 
7. Os condutores devem formar trechos contínuos entre as caixas de derivação; as emendas e derivações devem ficar colocadas dentro das caixas. Condutores emendados ou cuja isolação tenha sido danificada e recomposta com fita isolante ou outro material não devem ser enfiados em eletroduto. 
8. Os eletrodutos embutidos em concreto armado devem ser colocados de modo a evitar deformação durante a concretagem, devendo ainda ser fechadas as caixas e bocas dos eletrodutos com peças apropriadas para impedir a entrada de argamassas ou nata de concreto durante a concretagem. 
9. As junções dos eletrodutos embutidos devem ser efetuadas com auxílio de acessórios estanques em relação aos materiais de construção. 
10. Os eletrodutos só devem ser cortados perpendicularmente ao seu eixo. Deve ser retirada toda rebarba susceptível de danificar as isolações dos condutores. 
11. Nas juntas de dilatação, os eletrodutos rígidos devem ser seccionados, devendo ser mantidas as
características necessárias à sua utilização (por exemplo, no caso de eletrodutos metálicos, a continuidade elétrica deve ser sempre mantida).
13. Os condutores somente devem ser enfiados depois de estar completamente terminada a rede de eletrodutos e concluídos todos serviços de construção que os possam danificar. A enfiação só deve ser iniciada após a tubulação ser perfeitamente limpa. 
14. Para facilitar a enfiação dos condutores, podem ser utilizados: guias de puxamento que, entretanto, só devem ser introduzidos no momento da enfiação dos condutores e não durante a execução das tubulações, talco, parafina ou outros lubrificantes que não prejudiquem a isolação dos condutores. 
15. Só são admitidos em instalação aparente eletrodutos que não propaguem a chama.

Todas as instalações elétricas de moradias e comércios contam com um ou mais quadros de distribuição, sendo estes os encarregados de alojar os dispositivos de proteção, segurança e de onde partem os diferentes circuitos que fornecem a energia elétrica a toda a instalação.
A função destes dispositivos de alta sensibilidade é proporcionar uma proteção às pessoas em caso de contato com a energia elétrica; tanto de forma direta com um condutor vivo ou indireta, por falha ou por derivar a uma massa metálica alguma parte ativa da instalação e ainda de proteger os condutores contra sobrecargas e curtos-circuitos.
Nas moradias, o quadro de distribuição normalmente está localizado onde se concentra a maior quantidade de circuitos, com fácil acesso para sua manobra. Nestes quadros são instalados os disjuntores termomagnéticos, o interruptor diferencial e o disjuntor geral. É necessário ter uma barra de conexão a terra conectada ao aterramento da instalação.
Os quadros podem ser de diferentes tamanhos em função da quantidade de dispositivos de proteção. As principais funções de um quadro de distribuição são: Distribuir a energia elétrica a diversos circuitos ou ramais, conforme as necessidades do usuário; Proteger de maneira independente cada circuito ou ramal contra curtos-circuitos e/ou sobrecargas; Prover a cada instalação elétrica de circuitos independentes para sua conexão ou desconexão, sem que o outro circuito da mesma rede ou instalação seja afetado.
Os quadros são compostos pelos seguintes elementos:
1. Um disjuntor termomagnético geral, para proteção contra sobrecarga e curto-circuito.
2. Um interruptor diferencial de alta sensibilidade para proteção contra contatos indiretos.
3. Disjuntores automáticos para proteção contra sobrecarga e curto-circuito, conforme a quantidade de circuitos a proteger como: iluminação, tomadas, fogão elétrico, bombas de água, aquecedor de água, etc. Do quadro de cada um destes dispositivos devem sair condutores para as diferentes cargas. As seções dos condutores devem ser dimensionadas de acordo com a potência dos aparelhos alimentados, respeitando a NBR 5410:2004.
4. Barramento de cobre eletrolítico de alta condutividade, devendo dimensionar-se com o critério do nível de curto-circuito necessário. Estas barras são instaladas na estrutura do quadro com isoladores auto-suportados. Podem ser nuas ou pintadas.
5. Barramento de cobre para aterramento, onde devem conectar-se os diferentes condutores de proteção dos circuitos e o condutor de aterramento.
Nas figuras estão descritos os circuitos de uma instalação elétrica em um quadro de distribuição. Para selecionar um quadro de uso residencial ou comercial será necessário levar em conta: Quantidade de circuitos a controlar, sendo suficiente determinar a quantidade de pólos dos dispositivos de proteção, monofásicos e trifásicos, e com este valor ir às tabelas de fabricantes onde selecionamos o modelo e tamanho. Em outros casos, a seleção realiza-se definindo a quantidade de dispositivos monofásicos, bifásicos e trifásicos, definindo depois nas tabelas o número de polos totais. O tamanho dos disjuntores a utilizar, conforme a sua capacidade. Deixar espaço para reserva.

O catálogo técnico de eletrodutos Tigre está disponível em : 18_04_01 Catálogo técnico de eletrodutos e quadros de distribuição Tigre ;
© Direitos de autor. 2018: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 15/04/2018

Nenhum comentário:

Postar um comentário